Excerto de um artigo escrito por Maria Fontaine
Preparando seus filhos para ficarem firmes nas suas convicções faz parte do trabalho de ajudá-los a crescer e amadurecer. Precisam lhes ensinar a tomar as decisões certas em diferentes situações, permitindo-lhes contato ou experiências que vão lhes ensinar lições de vida. Quanto mais cedo lhes ensinarem a discernir e tomar decisões certas por conta própria, mais seguros eles estarão, e melhor preparados para as decisões que só eles poderão tomar. Um exemplo prático disso é se a sua casa tem piscina. Talvez seja necessário construir uma cerca para evitar acidentes, mas também vai ensinar a criança a nadar, e, com o tempo, a nadar bem. A cerca, no início, é uma proteção, mas vocês também estão preparando a criança para saber entrar na água em segurança, ensinando-a a nadar. Não é possível passar essas lições de vida apenas na sala de aula. Essas “lições de vida” se aprendem ao longo dos anos. É preciso muita comunicação, diálogo e experiências para as crianças entenderem e crescerem nesses aspectos. Essas experiências e lições farão delas pessoas mais sábias, mais fortes, melhor preparadas, mais maduras, perceptivas e compreensivas, e lhes darão um preparo muito melhor para a vida. Experiência faz bem às crianças e as prepara para a vida, se vocês as ajudarem a aprender com elas. O que significa preparar nossos filhos para a vida? -- Significa avaliar como ajudá-los a passar pelas fases naturais de crescimento e desenvolvimento, vendo e sabendo o que outras crianças e jovens estão fazendo ou enfrentando, e os preparando para a ocasião quando talvez passem pela mesma coisa. Significa ensinar-lhes firmeza diante de dificuldades, e como abordarem situações novas com confiança e responsabilidade. Traduz-se em ensinar seus filhos a discernir o certo do errado, integridade, auto disciplina, convicção, amor, tolerância e força de caráter. Essas lições de vida são transmitidas aos seus filhos porque são elementos de um bom caráter, os quais ajudarão a determinar o padrão moral deles para o resto da vida. Essas lições aprendidas na infância formam o caráter da criança e vão ser bem úteis o resto da vida. Os pais são os principais professores, porque, ao transmitirem convicções e valores pessoais, estão ajudando seus filhos a encontrarem o rumo certo na vida. Vale a pena se empenharem ao máximo para ensinarem seus filhos a enfrentar os aspectos negativos ou questionáveis da sociedade, julgar o que é certo ou errado, e basear suas decisões e atos em uma ética e perspectiva cristãs. As crianças de hoje enfrentam muitas influências, e terão muitas outras no decorrer de suas vidas. Algumas serão positivas, outras negativas, e muitas estarão em algum ponto intermediário. Seria bom dedicarem um tempo para descobrirem o que os seus filhos estão passando. Poderiam pedir a opinião das pessoas com quem eles interagem. É muito melhor estarem preparados do que levarem um susto. E se dedicarem tempo, ponderarem e discutirem as possibilidades, poderão se preparar melhor para as diferentes situações que seus filhos venham a enfrentar no futuro, ou que já estão enfrentando. É completamente natural as crianças às vezes tomarem decisões não muito boas, ou erradas, porque estão experimentando e ainda aprendendo a colocar em prática o treinamento que lhes deram. Por isso, participar da vida delas e do contato com outras influências, cumprindo a sua responsabilidade de orientá-las e esclarecer suas dúvidas, e ajudá-las a tomar decisões acertadas lhes dará o treinamento “preparatório” constante. Vão estar lhes ensinando a viver, na prática, no dia a dia, a teoria sobre ética. Concentrar em ajudá-los a criar convicção pessoal, a tomar decisões acertadas mesmo no meio de pressão social negativa ou outras situações difíceis, e construir linhas de comunicação aberta para poderem guiá-los nas diferentes situações que irão vivenciar.
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Novos insights no desenvolvimento do cérebro afirmam o que muitos pais e cuidadores já sabem há anos: 1) bom cuidado pré-natal, 2) vínculos calorosos e amorosos entre crianças pequenas e adultos, e 3) estímulo positivo desde o nascimento afeta para o resto da vida o desenvolvimento da criança. Você alguma vez já olhou para um bebê e se indagou o que ele estaria pensando? Olha, a atividade cerebral dele é muito mais intensa do que se pensava. Segundo os mais recentes estudos nesse campo, o cérebro de um bebê está super ativo já muito antes do nascimento! Ao nascer, o cérebro do bebê aloja 100 bilhões de células nervosas. Imediatamente à medida que o bebê tem contato com o ambiente onde se encontra e cria vínculos com os que cuidam dele, vão se formando conexões – ou sinapses. Essa rede de neurónios e sinapses controlam diversas funções, como, por exemplo, de visão, audição e movimento. Se o cérebro da criança não for estimulado desde o nascimento, essas sinapses não se desenvolvem, o que invalida a sua capacidade de aprender e crescer. O impacto do ambiente no desenvolvimento do cérebro de uma criança é dramático e específico. Influencia não apenas a direção geral em que se dá o desenvolvimento, mas até o delicado circuito existente no cérebro. A maneira como o ser humano se desenvolve e aprende depende muitíssimo da herança genética, do ambiente, cuidado, estímulo e aprendizagem disponibilizados. O bebê que recebe atenção carinhosa e interativa desde cedo se desenvolve a olhos vistos. Esse fator é vital para um desenvolvimento saudável. O que isso significa para os pais? Coloque em prática estas quatro dicas. Vão ajudar a suprir por muitos anos um bom desenvolvimento do cérebro da criança e estabilidade emocional. 1. Seja caloroso, amoroso e interaja: Estudos mostram que crianças que recebem atenção interativa, ou seja, contato físico, embalo, conversas e sorrisos, têm mais facilidade em lidar com momentos difíceis depois que crescem. Elas se relacionam melhor com outras crianças e têm um desempenho escolar melhor do que crianças sem essa segurança afetiva. 2. Fale, leia e cante para seu filho: Comunicar-se com seu filho lhe proporciona uma base sólida para o aprendizado posteriormente. Converse e cante sobre os acontecimentos do dia. Leia histórias de maneira a incentivar um bebê maiorzinho e que está aprendendo a andar a participar e responder perguntas, apontar o que vê em um livro de gravuras, ou repetir rimas e refrões. 3. Estimule a exploração e brincadeiras seguras: Muitos de nós pensamos em aprendizagem como o ato de tomar conhecimento de fatos, no entanto as crianças aprendem através da brincadeira. Blocos, artes, quebra-cabeças e interpretação são algumas atividades que ajudam as crianças a desenvolverem curiosidade, confiança, a linguagem falada e a capacidade de resolver problemas. Deixe seu filho escolher as atividades. Se ele se afastar ou não demonstrar interesse, esqueça. Deixe ele “mexer com isso” depois, quando estiver interessado. 4. Use disciplina como uma oportunidade para ensinar: É normal as crianças colocarem à prova as regras e agirem impulsivamente de vez em quando. Os pais precisam determinar limites para as ajudarem, em vez de castigá-las. Por exemplo, informe a criança qual comportamento é aceitável e comunique a informação de forma positiva. Diga, “Por favor, o lugar dos pés é no chão”, em vez de “tire os pés da cadeira!” Mia Cronan, reimpressão da Web 7. Lembre das coisas boas que sua mãe fazia, e faça-as também. É engraçado como as pequenas coisas da vida não parecem tão importantes até que voltamos a fazê-las quando somos adultos. Tome um tempinho para recordar, e tente lembrar-se de algo especial que sua mãe fazia regularmente com você, algo que você gostava muito ou que a fazia sentir-se especial. É algo que também dá para você fazer com os seus filhos? É algo que se fizer repetidamente também pode criar uma recordação agradável que não esquecerão? Por exemplo, quando eu era pequena, a minha mãe costumava ir na padaria da esquina nos feriados e comprar um bolinho decorado especialmente para mim. Não era grande coisa, mas foi o suficiente para criar uma tradição na minha mente, da qual ainda me lembro 30 anos depois. O mesmo poderia acontecer com experiências que compartilham, o tempo que passam juntos, ou quitutes feitos em casa. É o fato de fazerem, não o objeto em si, que faz com que seja especial. 8. Deixe seus filhos ouvirem-na falar coisas boas dos outros. Nossos filhos se espelham no nosso comportamento. Somos seus primeiros heróis, então é melhor que sejamos bons mesmo! Se nos ouvirem apenas dizer coisas amáveis e amorosas quando falamos dos outros, eles vão fazer a mesma coisa. Além disso, nos ajuda a ter o hábito saudável de dizer apenas coisas boas dos outros, que no final das contas é um bom hábito que vale a pena manter, quer seja perto das crianças quer não! Se nossos filhos só ouvirem críticas negativas, adquirem a noção de que devem agir como juízes e julgar as ações dos outros, em vez de verem o bem nas pessoas à sua volta. 9. Leia todos os dias para seus filhos. Não tem melhor maneira de estimular a mente e despertar em seus filhos o interesse para aprender e ler, do que ler para eles diariamente! Estudos mostram que as crianças para quem se lê diariamente têm mais vontade de elas próprias aprenderem a ler bem, e têm mais chance de apreciarem a leitura quando forem mais velhas. Quando escutam e aprendem as palavras que vão junto com as gravuras que vêem repetidamente, as histórias ganham vida e fazem a sua imaginação voar. Mas, o que é melhor ainda, é que isso representa tempo especial para você e seus filhos, quer seja depois do café da manhã ou antes de irem para a cama. As crianças precisam desse tipo de interação com os adultos especiais de sua vida! 10. Cultive um ou dois hobbys ou atividades de seu interesse. Se seus filhos virem você fazer tempo para uma atividade especial, é mais provável que também desenvolvam o interesse por algum hobby ou passatempo. Além de serem interesses adicionais que proporcionam uma certa satisfação, estas coisas podem desenvolver talentos para a vida inteira. Mas, além disso, um hobby que envolve só você lhe proporciona tempo para praticar algo que você gosta e estimula seus sentidos. Não é verdade que é algo que todos precisamos periodicamente? Pode ser algo tão simples como fazer palavras cruzadas ou cuidar de plantas. Ou, pode ser algo mais elaborado como bordar ou escrever pequenas histórias. 11. Comece cedo a ensinar seus filhos. A lista que se segue enumera algumas coisas que os pais tendem a adiar para quando tiverem tempo. Mas as probabilidades é que, quando esse momento chegar, seja tarde demais para as crianças incorporarem adequadamente esse comportamento no seu repertório de boa conduta e atividades. Trata-se de uma miscelánea de coisas para elas aprenderem, mas algo que deveria ser-lhes ensinado o mais cedo possível. • Oração: As crianças deveriam entender que, por mais que vocês as amem, existe um Deus que as ama ainda mais. A oração estabelece esse relacionamento e, se iniciado cedo, pode desenvolver uma vida de espiritualidade que as sustentará tanto nos tempos difíceis como nos bons. • Gerenciamento de dinheiro: simples conversas na mercearia explicando porque não gosta de comprar certos produtos, pode levar as crianças a entender desde o valor do dinheiro e até onde ele chega. Ou, enquanto as crianças colocam moedas no seu cofrinho, poderiam explicar o que fazer para não desperdiçar dinheiro, e até passar dicas de higiene para quando mexerem com dinheiro. • Boas maneiras: A hora das refeições, respeito pelos adultos, dizer “por favor”, “obrigado” e “desculpe”, boa educação e escrever bilhetes de agradecimento… infelizmente são todos bons preceitos que as famílias perderam. Como pais, precisamos ensiná-las desde cedo, para que façam parte do caráter de nossos filhos. • Consideração: Colocar os sentimentos dos outros acima dos nossos é, infelizmente, algo que muitas culturas não promovem mais. Atualmente, vivemos numa sociedade que defende totalmente conseguirmos tudo o que quisermos para nós, sem pensarmos em como isso afeta os outros. Se nós, os pais da geração que está crescendo, fizermos tudo o que pudermos para combater isso, talvez consigamos dar uma reviravolta na nossa cultura e voltar aos tempos em que as pessoas também tinham consideração pelos outros. • Atividades físicas e exercício: Muitas crianças estacionam na frente da TV ou vídeos [ou na frente do computador] por longos períodos, porque é uma babá muito conveniente para os pais ou pessoas que cuidam delas. Tem horas em que está bem e é educativo, relaxante e algo que a família toda pode desfrutar junta. Contudo, via de regra, tem formas muito mais saudáveis de entretenimento para as crianças. Requer um pouco de imaginação da nossa parte, mas vale bem a pena. E vai ensiná-las a serem ativas e criativas desde a tenra idade. • Moderação: Certos elementos da sociedade de hoje ensina as crianças a serem possessivas e indulgentes consigo mesmas. Isso geralmente deriva de pais preguiçosos que oferecem qualquer coisa aos seus filhos para não lhes darem trabalho ou para não fazerem escándalo. Se lhes ensinarem desde cedo que ter moderação é a coisa certa, vai ser natural para as crianças limitar as coisas ruins que parecem tão boas no momento, mas na realidade são ruins para elas. Mary Roys Quando chega dezembro, peço aos meus filhos, Toby e Kathy, agora com sete e nove anos, para darem uma olhada em seus brinquedos e roupas e separar o que não usam mais. Depois verifico a seleção que fizeram para descartar os que estiverem desgastados demais e exercer meu poder de veto em alguns casos. No final, colocamos em caixas o que está em melhor estado para dar aos outros que têm menos que nós. Além de incutir nas crianças o espírito de dar, é também uma maneira eficaz para diminuir a desordem em casa e dar um destino apropriado para coisas ainda boas, mas que meus filhos não precisam ou não querem. No Natal passado, os dois pareciam mais materialistas com respeito à celebração, mais atentos aos presentes que estavam esperando receber, e menos inclinados a dar. Perguntei-me o porquê disso e se estariam ao menos conscientes dessa mudança de atitude. Decidi adotar uma abordagem indireta. — O que vocês acham que é o verdadeiro significado do Natal? —perguntei. É claro que eles sabiam que o Natal é a celebração do aniversário de Jesus, mas pararam por aí. — No primeiro Natal, Deus nos deu apenas o que não queria mais? —insisti. — Claro que não —respondeu Toby, pensativo. Ele nos deu o melhor que Ele tinha, Seu tesouro mais especial. — Este é o verdadeiro espírito do Natal: dar o que temos de melhor para os outros, como Deus nos deu o que tinha de melhor. Depois de pensarem um pouco no assunto, as crianças decidiram dar alguns de seus brinquedos favoritos e não apenas os dos quais estavam cansados. Toby escolheu dar alguns de seus carros Matchbox e Kathy decidiu dar uma de suas bonecas. Embalamos esses itens especiais com os que já havíamos separado e fomos juntos entregar nossas doações de Natal. Incutir valores em meus filhos é uma das minhas maiores responsabilidades como mãe, e lhes ensinar a pensar nos outros antes de neles próprios é uma grande parte disso. A doação feita com abnegação não deve ser uma ocorrência de uma vez por ano, é claro, mas o Natal é uma oportunidade perfeita para isso. Mary Roys é coach de pais no Sudeste Asiático. Cortesia da revista Contato. Usado com permissão.
Existe um provérbio chinês que diz, “Dê um peixe e alimentará a pessoa por um dia. Ensine-a a pescar e lhe dará alimento para a vida toda.” Podemos aplicá-lo à questão de ensinarmos nossos jovens a resolverem problemas. No início talvez seja preciso investir tempo para ensinar estes princípios de resolução de problemas aos seus filhos, mas conte com dividendos de longo prazo à medida que eles aprenderem a resolver problemas e a tomarem decisões sensatas. Os pais muitas vezes ficam admirados quando descobrem que seus filhos são bem capazes e estão aptos a resolver seus problemas do seu jeitinho. Todas as crianças, inevitavelmente, vão se deparar com todo tipo de problemas em suas vidas, pois faz parte do seu desenvolvimento. Quando enfrentarem esses desafios, aprenderão a resolver problemas, algo essencial para serem bem-sucedidas na vida. As crianças têm um potencial incrível e inexplorado para encontrarem boas soluções. É sábio investir tempo para ajudarem seus filhos a desenvolverem essa capacidade. Vale a pena ensinar as crianças a resolverem problemas enquanto ainda são pequenas, porque lhes será muito útil no futuro. Contudo, os pais tendem a querer retificar o problema rapidamente ou providenciar logo uma solução. Mas se tentar resolver todos os problemas do seu filho, vai tolher a capacidade dele de resolvê-los sozinho. Não tente resolver o problema a menos que seja absolutamente necessário. Em vez disso, ajude a criança a encontrar a solução. Isso mostra que você tem fé de que ela pode aprender a resolver os problemas de maneira construtiva. No princípio vai ter que acompanhar seu filho passo a passo nesse processo. Talvez leve muito mais tempo do que se você simplesmente resolvesse para ele ou lhe desse a resposta. Mas quando resolve os problemas do seu filho, roubalhe uma oportunidade de aprender. Por mais lento que seja o processo de aprendizado, faz parte do desenvolvimento da criança. A pequena Sara pegou a boneca da amiga emprestada para brincar, mas rasgou o vestido da boneca. “Mamãe, rasguei o vestido da boneca!” lamentou-se. “Não se preocupe, Sara, posso costurá-lo hoje à noite e depois você pode devolver a boneca para Melissa.” A mãe resolveu o problema e Sara ficou feliz. Mas o que é que Sara aprendeu com essa situação? “Quando tiver um problema, vou para a mamãe. Ela resolve.” Então, quando acontecer algo novamente, ela vai correr imediatamente para a mãe, para ela resolver. No caso do vestido rasgado, vejamos como isso poderia ter-se tornado uma oportunidade de aprendizado: “Mamãe, rasguei o vestido da boneca!” “Puxa. Que rasgo! O que você acha que poderíamos fazer?” “Hum, não sei. Pedir desculpas à Melissa?” “É, seria bom fazer isso. Mas como você acha que ela se sentiria se você devolvesse a boneca com o vestido rasgado?” “Acho que ela ia ficar triste.” “Será que podemos fazer alguma coisa para evitar isso?” “Dá para costurar?” “Ótima idéia! Que tal nós duas costurarmos o vestido da boneca hoje à noite?” “Tá bom!” A mãe ensinou Sara a encontrar uma solução para o problema. Ao ajudá-la a costurar o vestido da boneca, Sara estará participando da solução. Da próxima vez que Sara se deparar com um problema, ela provavelmente vai procurar a ajuda da mãe, mas estará ciente de que é possível encontrar uma solução, e entenderá que pode e deve participar da solução. À medida que Sara for praticando este método de resolver problemas, vai aprender a encontrar as soluções sozinha, e terá conquistado uma habilidade valiosa para o resto da vida. Nem todos os problemas da vida são fáceis de resolver, e você vai ter que passar isso para as crianças à medida que elas enfrentarem desafios maiores. Mas os passos que der no dia-a-dia para incentivá-las nesse sentido vai lhes oferecer mais recursos para lidarem com os problemas mais difíceis da vida quando crescerem. Ensine os seus filhos a assumirem a responsabilidade de encontrarem soluções para os seus problemas. Fazendo isso, estará ensinando-lhes algo muito valioso e que os ajudará a vida inteira. © A Família Internacional. Usado com permissão. Se uma criança vive criticada, aprende a condenar. Se uma criança vive com maus tratos, aprende a brigar. Se uma criança vive humilhada, aprende a sentir-se culpada. Se uma criança é estimulada, aprende a confiar. Se uma criança é valorizada, aprende a valorizar. Se uma criança vive no equilíbrio, aprende a ser justa. Se uma criança vive em segurança, aprende a ter fé. Se uma criança é bem aceite, aprende a respeitar. Se uma criança vive na amizade, aprende a encontrar o amor no mundo. Autora: Dorothy Law Nolte, no livro «Crianças Aprendem O Que Vivem: Como Incutir Valores Aos Seus Filhos» Ruth Cortejos
Nós, pais, queremos que nossos filhos sejam benquistos e que se dêem bem com os outros. Com certeza era o que eu queria quando minha primeira filha, Danae, começou a brincar com outras crianças. Tentei ensiná-la a interagir com amor e ela se saiu bem na maior parte dos aspectos — fazer amigos, não brigar, ser gentil e prestativa e até me deixar brincar com as outras crianças. Ensiná-la a emprestar os brinquedos foi o maior desafio. Para promover oportunidades que lhe permitissem crescer nesse aspecto, convidávamos outras crianças da sua idade para brincar com ela. Esse pequeno passo foi o que a ajudou a descobrir que é divertido dividir com os outros — uma lição que, no final, eu é que precisava repassar. Uma noite, ela convidou uma amiga, Natalie, para brincar. A menina era uma de suas mais freqüentes coleguinhas, e elas adoravam um jogo de cartas com figuras chamado “Vá Pescar”. Apesar de as duas serem pequenas demais para seguir todas as regras e instruções, gostavam das ilustrações e procuravam de alguma forma combiná-las. Depois que a amiga foi para casa, Danae me disse: “Mamãe, eu queria dar estas cartas para a Natalie. São as que ela mais gosta.” E me mostrou três ou quatro cartas do jogo. Tentei explicar que eu não queria que desse as peças porque o jogo ficaria incompleto, mas ela insistiu. “Mas eu quero muito dar para ela!” Insisti: “Danae, essas são do ‘Vá Pescar’. Se der para a Natalie, vai ficar faltando no conjunto.” “Não tem problema, mãe. Eu tenho as outras.” Achei que ela talvez não entendesse que quando se dá algo é definitivo, então tentei dissuadi-la novamente. “Se der essas cartas para Natalie, não poderá pedir de volta amanhã. Deu, está dado.” O rosto de Danae acusou preocupação. Por um momento me alegrei, achando que ela havia entendido, mas logo sorriu e disse: “Está bem. Quero dar de verdade.” O que eu poderia dizer? Sentei-me ali calada por um momento e orei. Aí percebi que há tanto tempo eu queria ensiná-la a compartilhar o que tinha, e agora que ela aprendera essa importante lição, eu estava tentando impedi-la. Onde é que eu estava com a cabeça? Por pouco não cometi um erro muito tolo! E daí se o jogo ficasse incompleto? Poderíamos conseguir outro, se fosse o caso. O importante é que minha filha estava aprendendo a alegria de dar, estava pensando nos outros em vez de em si mesma e tentando fazer a amiga feliz. Não é essa a essência da vida? Naquele dia Danae me ensinou uma lição, na qual volta e meia sou testada. Agora tenho três filhos e não é raro um deles aparecer com algum brinquedo ou bichinho de pelúcia na mão querendo dar para um amigo. Meu primeiro impulso muitas vezes é procurar convencê-los do contrário, mas quando paro para pensar, sempre chego à mesma conclusão: “As coisas não duram para sempre, mas os filhos sim.” Os valores que passo para meus filhos hoje vão fazer parte deles amanhã. Extraído da revista Contato. Usado com permissão. Maria Fontaine
As crianças estão sempre discutindo entre si. Muitas vezes, discordam por discordar, ou apenas para demonstrar superioridade. Às vezes, é porque acham que a outra criança está errada e querem se provar melhores. As crianças fazem isso o tempo todo, quase constantemente. Precisam aprender que é errado rebaixar os outros para se afirmarem como melhores. É possível que estejam certos em determinadas situações, que seu ponto de vista esteja correto e, geralmente, quando estão discutindo acham que têm razão. Contudo, precisam entender que discutir é errado, quer suas opiniões sejam certas, quer não. As crianças precisam aprender a se colocar no lugar dos outros. Pergunte-lhes: “Como se sentiriam se dessem uma resposta errada ou dissessem algo errado e alguém retrucasse: ‘Está errado! Como você pode ser tão burro?’ Pois é assim que seu irmão, irmã ou amigos se sentem quando você os contradiz de uma forma grosseira ou salienta seus erros.” Dê aos seus filhos um exemplo para ilustrar o que está dizendo, pois é essencial que entendam como as pessoas se sentem. A maioria das crianças, depois que entende o efeito das suas palavras nas pessoas, toma mais cuidado com o que diz e como diz. Expliquem: “Se fizer isso com seus amigos —rebaixá-los e exaltar a si mesmo —eles vão se sentir péssimos. E essa é a maneira mais rápida de perder amigos”, ou “Pense como seus irmãos se sentem. Eles nunca mais vão querer dizer nada. E o pior é que essa atitude lhes diz que você não os ama o suficiente para se importar com seus sentimentos.” Nós, adultos, precisamos fazer tudo a nosso alcance para não cometermos o mesmo erro. Também precisamos ajudar nossos filhos a ver que evitar esse comportamento e atitude é uma forma de amar e demonstrar seu amor aos seus colegas e irmãos mais novos. Ao contrário do menosprezo, o amor anima as pessoas e faz com que se sintam bem, não constrangidas ou humilhadas, que é o efeito que resulta de elas serem rejeitadas e rebaixadas: sentem-se constrangidas e humilhadas. Às vezes, as crianças não percebem isso. Entendem os efeitos somente quando são as vítimas, mas não vêem que o mesmo acontece aos outros. Se os adultos têm a tendência de se contradizerem ou se corrigirem uns aos outros e discutirem — um erro que todos já cometemos — não podem culpar as crianças por elas agirem da mesma forma, mas podem ter mais cuidado para dar um bom exemplo, e ensinar seus filhos a ser mais amorosos e a ter mais respeito também. E isso faz a diferença entre ter filhos que discutem, brigam, implicam uns com os outros e se contradizem constantemente, e ter filhos que se amam, brincam juntos e fazem as coisas em harmonia. É uma diferença radical! Há muitos outros aspectos relacionados ao amor e respeito, é claro. É um assunto amplo! É também uma das coisas mais importantes que podemos ensinar aos nossos filhos, porque as crianças que não aprendem a se comunicar e interagir com amor e consideração, crescem com esses maus hábitos e continuam agressivos com suas palavras e propensos para discutir. O que mais importante que o amor podemos ensinar aos nossos filhos para que vençam na vida? Natalia Nazarova
Educar filhos não é tarefa fácil e para ela não existem atalhos. O sempre mutável oceano de emoções no qual navegam as crianças em várias idades e estágios constitui-se no maior desafio para os pais. Aqui estão algumas coisas que têm me ajudado a ensinar as minhas crianças a lidar com as emoções negativas que vivenciam. Encorajar aspectos positivos como bondade, valorização dos outros, gratidão, integridade e altruísmo nas crianças as preparará para lidar com as situações negativas que encontrarão no futuro. Ler livros clássicos ou assistir a filmes que mostrem as recompensas de cultivar atitudes positivas e de buscar soluções, tais como Poliana e Heidi, ensinam importantes lições de vida de uma forma agradável e fixam a mensagem. Ser amigo e confidente dos seus filhos nos bons momentos facilitará quando for preciso discutir e encontrar soluções juntos para os problemas que surgirem. As crianças mais velhas podem aprender a futilidade de ceder às emoções negativas. Equilibre as conversas com razão, ânimo e bom humor, conforme apropriado. Quando noto tendências negativas nos meus filhos, pergunto-me primeiro se estariam espelhando-se em mim. Se for o caso, conversamos sobre o assunto e concordamos trabalhar na questão juntos. Tenho uma propensão, por exemplo, a ficar estressada e à negatividade que vem como consequência. Explicar isso para as crianças tem nos ajudado a evitar as situações que conduzem ao problema. Elas entendem agora que quando ficam acordadas até muito tarde ou não arrumam seus quartos, contribuem para meu problema. Por isso, passam a facilitar as coisas para mim, não fazendo essas coisas. Quando me sinto sobrecarregada, paro e oro. Isso produz pelo menos quatro bons efeitos: diminui a tensão, coloca as coisas em perspectiva, dá a Deus uma oportunidade de corrigir as confusões que criei e serve como uma boa lição para meus filhos sobre gestão de crise. Meu marido e eu tentamos não oferecer prematuramente aos nossos filhos soluções para os problemas e dificuldades que lhes causam sentimentos negativos, mas procuramos ajudá-los a entender o problema e encontrar suas próprias soluções. Jogos que ensinam a solucionar problemas também podem ser úteis. A maioria das situações negativas têm também aspectos positivos. Quando seus filhos estiverem desanimados, ou com uma atitude errada com relação a algo, procure orientá-los a pensar nas facetas boas da situação. Se conseguirem chegar a essas conclusões por eles mesmos, os resultados serão melhores do que se você lhes presentear com as soluções. Publicado originalmente em Contato. Usado com permissão. |
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